A Igreja pós Concílio Vaticano II, potencializa a ação dos leigos na Igreja, defende inclusive que a “Nova Evangelização” precisa ir ao encontro dos homens e mulheres que receberam o batismo, mas vivem fora de toda a vida cristã. Precisa ir ao encontro das pessoas mais simples que embora tendo uma certa fé, conhecem mal os fundamentos dessa mesma fé. Precisa ir ao encontro dos intelectuais que diante do conhecimento acadêmico foram contaminados pelo niilismo relativizando a fé e os ensinamentos cristãos recebidos na infância.

A “Nova Evangelização”, portanto, pela ação dos leigos movimenta a Igreja Católica no mundo, de várias formas e modelos sempre de acordo com cada região, sendo os retiros espirituais em forma de “acampamentos”, uma delas.

Este modelo de “retiro campal” nasceu nos EUA, no entanto, era voltado para o meio empresarial onde os executivos eram afastados do seu ambiente de trabalho por uma semana e agrupados em equipes, às quais eram propostas tarefas que superadas contribuíam para a vida pessoal de cada um, cuja finalidade era de desenvolver e aprimorar o sentido de equipe nas empresas. Desta forma, melhorava o relacionamento entre os funcionários, desenvolvia o lado humano, aumentava e potencializava as empresas.

Padre Josias e padre Denis, ambos se destacaram como diretores espirituais do 5° Acampamento de Caieiras

No início da década de 1980, México, o leigo teólogo J.H. Prado Flores adaptou e espiritualizou os retiros campais ministrados para o meio empresarial americano para o formato da “Nova Evangelização” com objetivo de resgatar vidas, seja de casais em processo de separação, jovens usuários de drogas, alcoólatras, enfim pessoas em busca de um encontro com Deus, visando preencher ou dar respostas a alguma situação difícil que estivesse vivendo, como solidão, estresse, angústia, depressão, dependências químicas, conflitos familiares, sexuais, matrimoniais e etc.

No Brasil, o acampamento chegou por meio da ação de leigos católicos no início da década de 1990 no Rio de Janeiro, depois foi para Belo Horizonte, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, e alguns estados do Nordeste. Mas foi no interior de São Paulo, que esse novo modelo de retiro foi alavancado, tornando-se em um potente caminho de conversão e formação.

 

Do interior paulista para Caieiras na região metropolitana de São Paulo

O bairro de Laranjeiras desde o início da década de 1990 sempre atuou como berço da Renovação Carismática Católica, onde por meio da ação unificadora do saudoso padre Josimar os jovens de Vila Rosina e Laranjeiras se uniram formando várias comunidades e grupos oferecendo uma base sólida de trabalho e facilitando em muito os projetos dos futuros padres/párocos que passariam por Laranjeiras.

Os jovens carismáticos amadureceram, mantiveram-se firmes e perseverantes nas comunidades empenhando-se na evangelização. Apesar de não faltarem sacerdotes que pouco ou nada entendiam do ideal carismático na Igreja e mesmo com a tacanhice e orgulho comuns em alguns padres, os carismáticos sempre buscaram se aperfeiçoar cada vez mais tanto na formação como na espiritualidade. Desta forma, muitos leigos de Laranjeiras vivenciaram experiências fortíssimas em cinco dias de acampamentos em várias cidades do interior como Marília, Pompeia, Ribeirão Preto, Águas de Santa Bárbara e voltavam para Caieiras com o firme propósito de inaugurar na cidade os retiros espirituais semelhantes aos do interior paulista.

Padre Denis com seu grande amigo, Prefeito Gersinho, também campista (Efraim), sempre apoiando as Igrejas

De início, os poucos campistas enfrentaram enormes dificuldades que foram desde ordem financeira, logística, estrutural, passando pela dificuldade de encontrar um local exato para as atividades e até mesmo vencer o principal desafio que seria receber o “sim” do sacerdote da Paróquia Santa Rita de Cássia, que por incrível que pareça, mesmo com toda a formação acadêmica, não enxergava grandeza na proposta dos leigos e nem conseguia entender que a obra acampamento – comum não só no Brasil, mas no mundo-, poderia mudar para muito melhor toda a história desta cidade.

Mas em 2016, os poucos campistas de Caieiras receberam o apoio em massa da cidade de Marília, a qual prometia enviar para o município, dois ônibus lotados de servos que estariam realizando aqui em solo caieirense o tão sonhado acampamento. E, finalmente os leigos campistas venceram a principal “muralha” que era nada menos que o próprio “orgulho” do sacerdote paroquial de Laranjeiras arrancando quase que a força o tão sonhado “SIM” sacerdotal.

Os Acampamentos em Caieiras

O primeiro Acampamento foi realizado entre os 24 a 28 de fevereiro de 2017 e atendeu cerca de 70 campistas sendo majoritariamente da Paróquia Santa Rita de Cássia e alguns do Santuário Virgem dos Pobres. Na prática, mesmo com dificuldades colossais tal empreendimento só é compreendido a luz espiritual, haja vista, o esforço sobre-humano exigido dos poucos campistas que conseguiram realizar um sonho. Não é por menos que o tema do primeiro acampamento foi: “No teu amor encontro força para continuar”.

1° – No teu amor encontro forças para continuar

No segundo acampamento ocorrido entre os dias 06 a 10 de setembro de 2017, marcou a consolidação do sonho, mesmo após dois anos de intensos trabalhos dos leigos o tema do segundo acampamento não poderia ser outro: “Filho, eu estava te esperando para poder te dar descanso”. Neste evento já houve um número maior de participantes, Marília dessa vez ajudou bem menos com apenas uma Van lotada de servos.

2° – Filho, eu estava te esperando para poder te dar descanso

O terceiro acampamento com o tema: “Tua graça me basta teu amor me sustenta” aconteceu entre os dias 27 de abril a 01 de maio de 2018 e foi muito marcante para a cidade, pois o prefeito Gersinho Romero participou dos cinco dias reclusos no alto da Serra da Cantareira no mosteiro Esperança e pode vivenciar em toda sua plenitude a mega obra. Foi a partir desse acampamento que o prefeito teve a certeza que a religião é fundamental para a saúde social do município. A partir de então, o poder público caieirense passou a dar total atenção aos movimentos religiosos no município.

3° – Tua graça me basta teu amor me sustenta

O quarto aconteceu entre os dias 01 a 05 de março de 2019 e foi marcado por chuvas torrenciais implacáveis, onde o prefeito, se colocou como empresário a serviço do acampamento, apoiando em tudo que a obra necessitasse, o tema foi: “Restaura Minhas Feridas”.

4° – Cura minhas Feridas

O quinto acampamento foi um marco na história da cidade, aconteceu entre os dias 21 a 25 de fevereiro de 2020, o tema reflete a ação dos leigos nas comunidades que vem mudando a história de Caieiras: “Recomeçar faça tua história com Jesus” foi o tema. Gersinho, como é de praxe, disponibilizou toda a infraestrutura para a obra como máquinas, caminhões, trator, trator rolo, caminhão pipa a disposição todos os dias, equipe de saúde e socorrista de prontidão em seus departamentos para qualquer tipo de incidente.

5° – Recomeçar faça tua história com Jesus

O diferencial também foi a quantidade imensa de servos, pelo menos 180 atuaram diretamente na organização para atender quase uma centena de campistas. O resultado foi simplesmente fantástico.

O Futuro dos acampamentos em Caieiras

Tribo Rubem

Os leigos das paróquias Santa Rita e Santuário, como foi no passado, agora buscam implementar na cidade novas modalidades de acampamentos para atender desde crianças, passando por jovens, aventureiros radicais, casados e até idosos, mas para isso se faz necessário espaços apropriados como fazendas ou sítios.

Tribo Manasses

Diferente do passado que os poucos leigos campistas não tinham sequer apoio do próprio sacerdote paroquial, hoje além de ser mais de 500 campistas, os sacerdotes conhecem bem a obra, logo, dão seu total apoio, sem contar que Caieiras já conta com um prefeito e dois vereadores campistas e 70% de seu território ainda é plantação de eucaliptos ou área de proteção ambiental o que garante lugares de sobra para tais eventos, faltando apenas envergadura para negociar lugares disponíveis.

Tribo Levi

Outra grande vantagem é que o prefeito Gersinho como gestor público tem muito interesse na obra acampamento na cidade, pois está mais do que provado que campistas são cidadãos com forte apego a valores morais, éticos e princípios contribuindo diretamente com a saúde social do município de Caieiras.

Tribo Judá

 

E desta forma, ao apresentar tamanho crescimento e impacto na vida de tantas pessoas, a certeza que se tem hoje é, que a obra acampamento pertence a Deus, foi Ele quem colocou no coração de um leigo esse desejo de evangelização, espalhando-se assim pelo mundo pela ação de leigos, chegando em Caieiras por meio de ações firmes de poucas dezenas de leigos e atingindo atualmente mais de 500 pessoas.

Tribo Efraim

Nem mesmo o padre orgulhoso será capaz de controlar tamanha obra agindo no coração de centenas de pessoas, no mínimo, será obrigado a dizer:  “sim”, “faça a obra acontecer” e os leigos farão e ainda carregarão nas costas qualquer pároco por mais orgulhoso e mesquinho que possa ser, pois esta obra não pertence a nenhum sacerdote, mas ao próprio Deus.

Tribo Gad

Tribo Benjamin

(…) o leigo teólogo J.H. Prado Flores adaptou e espiritualizou os retiros campais (…)  para o formato da “Nova Evangelização” com objetivo de resgatar vidas, seja de casais em processo de separação, jovens usuários de drogas, alcoólatras (…) ou dar respostas a alguma situação difícil que estivesse vivendo, como solidão, estresse, angústia, depressão, dependências químicas, conflitos familiares, sexuais, matrimoniais e etc.

“(…) finalmente os leigos campistas venceram a principal “muralha” que era nada menos que o próprio “orgulho” do sacerdote paroquial de Laranjeiras arrancando quase que a força o tão sonhado “SIM” sacerdotal”

(…) o prefeito Gersinho como gestor público tem muito interesse na obra acampamento na cidade, pois está mais do que provado que campistas são cidadãos com forte apego a valores morais, éticos e princípios, contribuindo diretamente com a saúde social do município de Caieiras

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