b2ap3_thumbnail_capa_20171217-220732_1.jpg

Há exatamente 10 anos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontava que o município de Caieiras contava com 81.163 habitantes, sendo uma das cidades mais desabitadas da região metropolitana de São Paulo, e que até 2018, a cidade dos Pinheirais chegaria com certa facilidade à marca de 200 mil moradores, só com um único empreendimento imobiliário patrocinado pela Companhia Camargo Corrêa,  a qual adquiriu uma imensa área de 52 milhões de metros quadrados, começando na estação ferroviária de Caieiras e avançando para o oeste, junto ao município de Cajamar,  se juntando à porção noroeste, já na divisa com o bairro paulistano de Perus.

O empreendimento previa a venda de lotes populares no valor de R$ 50 mil e R$ 180 mil, em parcelas que poderiam perpetuar por décadas, de tal modo que Caieiras se conurbaria com a capital paulista, constituindo assim, um imenso bloco urbano periférico. Na prática, a cidade dos Pinheirais seria uma extensão da metrópole paulistana, como já acontece com várias cidades adjacentes à capital do Estado. As primeiras unidades deveriam, inclusive, ser comercializadas no final de 2009.

Na época, o Jornal Regional News comemorava tal empreendimento, sendo vendido como uma ideia de crescimento, apoiado pelo poder público. No entanto, um grupo de militantes esclarecidos empenhou-se na campanha da dupla Hamamoto e Gersinho, que desde o início, prometeu que “nenhum tijolo seria assentado em Caieiras sem um rigoroso planejamento”.

E de fato, 20 mil eleitores mudaram por completo a história de Caieiras, uma cidade que em 2008 estava condenada a se conurbar ou se “emendar” com São Paulo, elegendo nas urnas dois opositores de peso: Hamamoto e Gersinho, contra um empreendimento imobiliário ganancioso que se aproximava do modelo de favelização periférica, fenômeno este, catastrófico para o cidadão, mas extremamente lucrativo para donos de imobiliárias.

Passados 10 anos, em 2018, Caieiras nem se quer chegará a 100 mil habitantes. Os poucos empreendimentos imobiliários que se abriram na gestão de Hamamoto e Gersinho, são todos de alto padrão e seguiram rigoroso planejamento.  As áreas segregadas receberam cuidado especial, as ruas foram todas pavimentadas e iluminadas, as velhas escolinhas de madeiras deram lugar aos Núcleos Educacionais de Caieiras – NECs, os minúsculos postinhos de saúde, viraram Policlínicas, o tacanho sistema de segurança de Caieiras até 2008, tornou-se um dos mais avançados do Estado, somam-se ainda, os núcleos de capacitação profissional, que encaminha mão de obra qualificada para as empresas que não param de chegar a Caieiras.

A soma de um projeto contrário ao da favelização periférica de 10 anos atrás fez de Caieiras uma das 100 melhores cidades do Brasil, tanto é que o metro quadrado dos terrenos em Caieiras tornou-se valiosíssimo. Segundo dados de várias imobiliárias, um terreno no bairro do Morro Grande de 300m², por exemplo, que facilmente era comprado em 2008 por 20 mil reais, hoje é vendido no mínimo por 500% a mais.  Isso comprova incontestavelmente como Caieiras melhorou em todos os sentidos. Uma transformação que se deve, exclusivamente, à vitória histórica dos caieirenses nas urnas da eleição de 2008, quando aconteceu a verdadeira mudança da cidade dos Pinheirais.