De acordo com um estudo de 2012, publicado na revista “Aggression and Violent Behavior“, “as motivações para perseguir incluem uma crença ilusória no destino romântico, um desejo de recuperar um relacionamento anterior, um desejo sádico de atormentar a vítima ou uma super identificação psicótica com a vítima e o desejo de substituí-lo”. Esse quadro remete imediatamente ao imaginário da figura do atual prefeito de Caieiras, Gilmar Soares Vicente, Lagoinha, 41 anos de idade, solteiro, parte em 75 processos judiciais, em razão de haver um senso comum de que sua administração se dedica prioritariamente a perseguir figuras políticas de destaque na história de Caieiras.
Logo de início, em aparente desejo sádico de atormentar, rompeu com o vice-prefeito, Cleber Furlan, e passou humilhá-lo com medidas restritivas de acesso ao Paço Municipal, com determinação de inferiorizar o nome dele nas placas de reinauguração de obras públicas (ridicularizou a pessoa de seu vice ao mandar inscrever em letras miúdas , em contraste com a inserção de nomes destacados em letras de tamanho maior de outras autoridades hierarquicamente subalternas), com criação de dificuldades para recebimento de subsídios, e com outras medidas diminutivas de sua personalidade, a deixá-lo até temeroso por sua vida e de seus familiares.
Também em aparente super identificação psicótica e desejo de substituir o bem sucedido prefeito anterior, Gerson Moreira Romero, Lagoinha impôs restrições à atividade empresarial de Gersinho por meio de embargos de obras, aplicação de multas ilegais, acionamento de ações na Justiça contra ele, além de rescindir unilateralmente vários contratos da gestão anterior, como forma tentar apagar o êxito da administração anterior.
Em igual tentativa de apagar a história do Município mediante borrão em nome de figuras festejadas pelos munícipes, Lagoinha resolveu apagar com tinta o sobrenome Dártora de todas as placas identificativas de obras e prédios, na ilusão de superar os feitos administrativos do ex prefeito Névio Dártora. Não bastasse essa figura icônica, Lagoinha investe também contra a vereadora Josie Dártora, quer pelo corte de servidores para o gabinete dela, quer por ingresso de ação contra ela, quer por sequer responder seus ofícios e pedidos de informação para prejudicar sua atuação parlamentar.
Em crença ilusória no destino romântico, Lagoinha parece quixotesco no afã de impor obrigações não contratuais e ilegais a empresas como a Essencis Soluções Ambientais, Uniesp S/A, a Elektro Redes S/A e a inúmeras outras, que tiveram de recorrer à Justiça para obstar as imposições megalomaníacas do prefeito. São pretensões surreais de submeter essas entidades aos caprichos de sua visão distorcida da realidade, para satisfação pessoal de conquistas imaginárias, que até Sancho Pança se contorce para apoiar e dar aparência de legitimidade a essas ações.
Em relação ao comportamento diário, os sociopatas tendem a ser explosivos e violentos, e por isso sua relação com as pessoas é mais complicada. Esse conceito remete ao recente episódio no Paço Municipal, quando Lagoinha teria tentado ir às vias de fato com Rodrigo Fracarole de Souza, lotado no Gabinete do Prefeito, no cargo de Gestor de Execução Fiscal, porque veio à tona o escândalo de baixa irregular de dívidas fiscais em benefício de algumas empresas que se valeram do jeitinho criativo do indigitado funcionário público municipal. No caso, chama a atenção o modo de reagir ao escândalo que põe na lama o desejo de ser substituto mais virtuoso. Nesse contexto, os psicopatas, ao invés, assumem riscos calculados, como esquema de fraudes e outros crimes premeditados, e tendem a minimizar as evidências.
Seja como tudo for, cada fato à ideia é tão avesso, que os planos restam sempre insatisfeitos, como afirmou Hamlet. Mas para o perseguidor, que importuna de forma insistente e obsessiva uma outra pessoa, a perseguição persistente só é satisfatória quando os ataques e agressões submeterem a vítima ao aniquilamento. Então, fica a obrigação de se responder se Lagoinha é um stalker sociopata, porque isso importa aos destinos de vidas no município de Caieiras, para não se conformar em tragédia anunciada, previsível e evitável por causa das atuais tensões políticas.
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