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Em poucos dias, as escolas estaduais em Caieiras estarão novamente recebendo mais uma grande leva de bons alunos formados no aparelhamento público municipal, com poucos casos de defasagens. A pergunta que se faz hoje é: o que o ensino público estadual fará com essas “pérolas” que adentram aos muros escolares?

É fato incontestável, que o trabalho realizado pela secretaria municipal nos últimos anos foi primordial, mas na outra ponta, a rede estadual patina num lamaçal de burocracias e ideologias pedagógicas que não leva a canto algum, gerando apenas sucessivas trocas de professores, desmotivação, abandonos, ausências, violência. E como nada é tão ruim que não possa piorar, as escolas estaduais estão empesteadas de professores marxistas alinhados à Apeoesp que passam o ano somente pregando greves e criticando tudo e todos.

Diante da conflituosa relação do ensino público estadual em Caieiras, a preocupação neste momento é se os alunos novamente estarão perambulando pelas ruas dos bairros em horário de aula com a desculpa que “faltou professor”, como foi o rotineiro ano de 2017. Até porque, mesmo com o crescente fechamento de salas de aula fruto da diminuição de alunos no Ensino Fundamental II e Médio, ainda é grande a falta de professores, pois as condições de trabalho estão cada vez piores.

Soma-se ainda o fato que na adolescência a família tende a terceirizar ainda mais a educação deixando para o Estado o dever único no processo educativo, contribuindo diretamente para a produção de jovens emburrecidos, violentos e sem limites, presas fáceis para o mundo das drogas e criminalidades.

Esta somatória de um modelo de gestão escolar burocrática, atrelado a ideologia marxista como método pedagógico e complementada com a terceirização educacional da família entregando na mão do Estado a educação dos próprios filhos, gera a falência do sistema público de ensino. De fato, basta observar a massa de jovens que foram “chutados” ao fim do 3º ano do Ensino Médio para fora dos muros escolares apenas com um diploma na mão, sem a menor condição de enfrentar o mercado de trabalho e agora soma-se a outros tantos que perambulam pelas ruas sem perspectivas de melhorias, aumentando ainda mais   a massa de jovens ociosos.

Resta agora saber se no ano letivo que terá início em fevereiro,  a Diretoria de Ensino de Caieiras fará mais do mesmo, despejando nas unidades escolares mais discursos, mais burocracias, mais projetos mirabolantes, mais papéis para serem preenchidos, e ao final do ano mais alunos sem a menor condição de serem aprovados, os quais serão louvadamente aprovados para séries seguintes somente com o intuito de apresentar números enganosos às instâncias superiores, e assim, quem sabe, garantir um novo bônus na conta bancária dos burocratas do sistema público de ensino.