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O relacionamento entre os homens e os cavalos é conhecido desde antes dos relatos em livros de história através do tempo. Nas pinturas rupestres já existiam registros do ser humano junto ao cavalo. Um dos animais mais belos da natureza, sempre expressou ao homem a lealdade, o companheirismo e a cooperação.

Muito versátil, usado em diversas modalidades esportivas, na recuperação da saúde física e emocional na equoterapia ou simplesmente como animais de estimação. A sua natureza é instintivamente de fuga, assim como a dos pássaros, isso por ser presa na cadeia alimentar. Portanto, é preciso muito trabalho e dedicação para que seja adquirido a confiança e a cooperação do mesmo em relação a nós. Há quem pense que são perigosos devido ao seu tamanho diante do nosso, porém o ditado que diz: “o cavalo tem mais medo de você, do que você dele”, é verdadeiro.

A minha paixão por esses animais começou desde criança. Para ser mais exata, sempre que meu pai me levava ao centro de São Paulo em nossos passeios dominicais e encontrávamos a Cavalaria da Polícia Militar, eu tinha de ir até eles, meu pai me erguia em seus braços e eu fazia carinho no pescoço do animal. Isso virou uma tradição e até hoje ainda faço esse ritual sempre que os encontro pela cidade, os cavalos guerreiros e tão dóceis. Os mesmos que enfrentam multidões e ao mesmo tempo protegem quem o está conduzindo. Sim, ele tem um instinto de proteção para com o cavaleiro a quem ele se afeiçoa, tem a lealdade que nós seres racionais muitas vezes deixamos a desejar. Em algumas ocasiões, com os próprios animais que depois de terem sido usados para o deleite da prática do esporte até a exaustão e total desgaste de seus tendões, são abandonados ou vendidos como simples mercadoria.

Quero aqui nesse espaço dividir com vocês o que é conviver com os eqüinos e como eles têm tanto a nos ensinar. Como ser nobre, sem ser arrogante, como ser belo, sem ser vaidoso, como é ser forte, mas com doçura. Quando optei pela profissão de tratadora de eqüinos, jamais tinha ideia que definitivamente minha vida mudaria tanto para melhor. Os tombos que levei durante as aulas de hipismo, me ensinaram que o melhor a fazer para superar o susto, é montar de novo. Superar os medos, saltar os obstáculos, enfrentar os desafios. Eles me tornaram mais integrada com a natureza. Cavalgar faz bem para o corpo e para a alma, melhora a autoestima, combate a depressão. É uma maneira de relaxar nesse mundo tão frenético em que vivemos.

 

Ao redor de Caieiras, existem lugares belíssimos para se fazer cavalgadas, com animais mansos e treinados para principiantes, com guias especializados que acompanham o passeio. Antes de dizer a si mesmo: “tenho medo de cavalos!” Permita-se conhecê-los, e eu garanto que não haverá arrependimentos.

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