b2ap3_thumbnail_Capa---PU-3.jpg

Shirley da Silva Santos é professora, graduada em Educação Física e Pedagogia, Pós-graduada em Voleibol, Educação Inclusiva e Direção e Coordenação Pedagógica. Atua desde 2001 na Rede Municipal de Educação e já passou pelos cargos de Professora de Ensino Fundamental, Coordenadora de Creche, Supervisora de Educação Infantil e Formadora de Diretores. Atualmente, desempenha a função de Secretária de Educação do Município de Caieiras. 

De característica técnica e defensora ferrenha da democracia e do bom diálogo, professora Shirley foi escolhida a dedo pelo prefeito Gersinho Romero para um dos cargos de maior relevância em sua administração. 

 

Confira com exclusividade, a primeira entrevista da nova secretária 

PU – Professora, primeiramente agradecemos essa oportunidade cedida para entrevista-la e de pronto, sabemos que você é uma profissional reconhecidamente muito técnica.  E foi  convidada, pelo prefeito Gersinho Romero para ocupar uma das pastas de maior prioridade no município. Como foi para você assumir uma secretaria de tamanha relevância?

Secretária – Fiquei surpresa e muito feliz com o convite, pois para mim,  assumir uma pasta tão complexa e com tamanha responsabilidade, é uma oportunidade para fazer valer o direito do ser humano em crescer numa cidade que educa com qualidade. Mas para isso exige muita dedicação e comprometimento de todos. Porém, acordo todos os dias e me proponho a sair nessa missão, encontrando diariamente os mais diversos desafios e no encontro com eles, transformo-os em possibilidades.

 

PU – Por falar em desafios, quais você encontrou quando assumiu a Educação municipal?

Secretária – Um dos grandes desafios era o de entender o mecanismo, como funcionava a engrenagem chamada EDUCAÇÃO. Compreender cada departamento e entender suas funções. Confesso que não é uma tarefa nada fácil, porém quando estamos dispostos tudo de bom acontece. A cada dia, a cada momento, temos à nossa disposição a possibilidade do encontro que nos traz novas oportunidades, é necessário estarmos atentos. Foi pela busca por conhecer essa engrenagem, que criei logo no início de minha gestão o CDGP – Comissão de Diálogos para uma Gestão Participativa.

 

PU – Parece uma proposta muito interessante. Conte-nos sobre ela.

Secretária –A CDGP tem o objetivo de criar proximidade, de ouvir, de compartilhar ideias, opiniões e saberes com quem tem o contato direto com o nosso objetivo maior, que são as crianças. É necessário pensar sobre elas, mas é necessário também pensar e cuidar do ser humano que diariamente lida com esses alunos. Esse projeto é importante, pois inclui os profissionais da rede na tomada de decisões.

 

PU – Com certeza. É perceptível que, enquanto secretária, você tem tentado valorizar a humanização nessa gestão. De que forma isso vem acontecendo, e como os funcionários da Rede receberam isso? 

Secretária – Quando pensamos em humanismo, pensamos na valorização do ser humano, seja ele de qual idade, religião, classe social, for. O mundo precisa de mais humanidade, mais caridade e boa vontade, porém é preciso que cada um faça a sua parte com muita responsabilidade. Penso que o objetivo é estar junto lutando pelos mesmos ideais. Os tempos atuais estão ruins, mas nada que seja decretado como definitivo, tudo depende de uma atitude. Por isso digo sempre que tudo pode melhorar se todos se disporem a ajudar.

Estamos buscando nessa gestão projetos que valorizem as competências e qualidades de cada indivíduo, buscando mostrar-lhes como o seu trabalho e eles enquanto indivíduos são importantes para a Educação. Não podemos falar por todos, mas a maioria parece ter recebido isso de forma positiva.

 

PU – Qual seu maior objetivo à frente da Secretaria de Educação? 

Secretária –  Hoje meu grande objetivo é possibilitar que as crianças e famílias tenham seu direito à educação garantidos. É promover espaços em que a sociedade perceba e valorize a educação não apenas do ponto de vista assistencialista, mas transformadora. Nada está pronto e acabado, é sempre necessária uma interação entre o indivíduo e o meio físico social para educar o novo.

Gosto muito de Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), que dentro da elevada sapiência que carrega consigo, afirmou que sabia reconhecer sua insignificância e se comparou a uma gota no oceano, mas tinha a plena convicção de que sem essa gotinha o oceano seria menor.

 

PU – Secretária, para finalizar, como você já disse sua formação é em Educação Física. Existe alguma proposta nesta área para o município? 

Secretária – A Educação Física sempre foi a minha paixão. Acredito que ela é uma das portas para integrar o ser humano na cultura corporal do movimento, além de ser também uma oportunidade de desenvolver as potencialidades de cada um, por meio da inclusão. A escola também tem este papel, por isso tenho um olhar especial ao departamento de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação, no qual as formações, materiais, reorganização do espaço e grades de aulas têm sido o foco do trabalho das coordenadoras deste departamento. Em outubro teremos a presença do CREF – Conselho Regional de Educação Física em nosso município, para o Seminário de Educação Física. Este já é um grande passo e a realização de um sonho.

As ideias precisam sair do papel e se transformarem em feitos e é assim que penso e pretendo enxergar a Educação.