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A piada da semana: ‘E aí um repórter perguntou para um menino na escola: “Você sabe quem é Tiradentes?”. “Sei, é um feriado”. Isso. Tiradentes é um feriado! Rarará!’ É próprio das anedotas terem finais engraçados. Neste caso, trata-se de uma tragédia: a ineficiência da escola em cumprir com seu papel virou mais uma anedota. E pior, rimos dela.

Levar o aluno a aprender deve ser a missão fundamental da escola. Ressalto a escola, pois intencionalmente há uma tendência de se responsabilizar apenas as professoras. Não! Essa anedota ri da ineficiência da política pública educacional! Ela é a chacota.

A academia, ao estudar esse tema, indica que uma boa escola se faz com comprometimento de todos os envolvidos com o processo de aprendizagem do aluno e o reconhecimento que esse processo se dá na sala de aula. Entre professora e seus alunos. O restante tem por obrigação proporcionar a retaguarda para o desenvolvimento dessa aprendizagem.

Secretários e dirigentes comprometidos com o sucesso dos alunos fomentam a aprendizagem em suas escolas estimulando as professoras a partir do direito de todos os alunos de aprenderem. Reconhecer na figura da professora e do aluno o protagonismo do processo é o primeiro passo. O segundo, remunerar adequadamente e oferecer condições para o trabalho docente em sala de aula. Depois, também fundamental, envolver os pais e compartilhar a responsabilidade dos seus filhos com a escola. Institucionalmente há os conselhos escolares, mas efetivamente só cumprem com esse compartilhamento se há, por parte da política educacional, verdadeiro reconhecimento que esses pais têm o direito de decidir junto com a escola os rumos da aprendizagem de seus filhos. Reconhecido o direito espontaneamente, ocorre a obrigação. Pais participam quando há consequência em sua participação.

Exemplos de escolas com sucesso não faltam, mas todas têm em comum o comprometimento com o sucesso do aluno. Norteiam-se por três eixos. Primeiro, garantir a infraestrutura básica das escolas: reformas, equipamentos, material escolar. Segundo, privilegiar a atividade fim, o pedagógico: todas as ações voltadas para o protagonismo das professoras em sala de aula. E por último, estimular o envolvimento da comunidade escolar com o aprendizado dos alunos: pais, alunos, funcionários, diretores, coordenadores e professores.

Como fazer? Bom, ai depende do comprometimento de cada um. Como reconhecer um educador comprometido? Seus olhos brilham quando fala em educação. Há paixão, profissionalismo, amor pelo semelhante, o reconhecimento que uma criança será muito mais feliz se souber ler, escrever, refletir sobre seu cotidiano, sobre a sua vida e de seus semelhantes.