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Hoje em dia, muito se fala sobre a legalização ou descriminalização da maconha em nome da liberdade cidadã de expressão. Mas por que os maiores estudiosos do assunto continuam contraindicando seu uso?

Vejamos: Segundo Ronaldo Laranjeira, professor do Dep. de Psiquiatria da UNIFESP e grande estudioso do assunto no Brasil, o uso de substâncias psicoativas como a maconha, provoca alterações cerebrais que podem levar à dependência. A pessoa que fuma maconha de vez em quando passa a fumar frequentemente. Esse uso compulsivo destrói qualidades na personalidade da pessoa usuária, o que desestabiliza a relação com a família e sociedade, logo, aquilo que partiu da liberdade do indivíduo é pago de forma coletiva.

A maconha não tem os efeitos devastadores do crack, mas 95% dos usuários de crack iniciaram o vício com a maconha. O que significa que as motivações que levam uma pessoa a utilizar maconha como busca de sensação de euforia e bem estar, são as mesmas que levam ao uso de crack. Porém, enquanto estas “boas” sensações são sentidas, alterações cerebrais vão ocorrendo gradativamente e, com o tempo, podem gerar danos mentais irreversíveis como perdas cognitivas, perda da capacidade de raciocinar acuradamente, dificuldades psicomotoras e a possibilidade do desenvolvimento de doenças mentais graves como a esquizofrenia. Segundo Laranjeira, ” 10% dos adolescentes que iniciaram o uso da maconha aos 14 anos, terão um surto psicótico”. De acordo com o psiquiatra Dr. Sérgio Rocha, “sabe-se que todas as doenças mentais têm um componente genético que fica ‘adormecido’ esperando diversos estímulos ambientais que possam ajudar a promover a sua eclosão” e para Laranjeira está comprovado que “quanto mais fácil o acesso a um entorpecente, maior será seu consumo”.

Para o psiquiatra Dr. Carlos Salgado, a legalização da maconha trará: aumento do número de usuários, aumento da dependência, aumento do turismo ligado à maconha e também, do que liga a maconha às outras drogas e à prostituição. Todos nós conhecemos o drama vivido pelas famílias de usuários de drogas e também conhecemos os prejuízos financeiros e sociais causados. Então, vale à pena?