A expressão “a toque de caixa” atualmente se refere a todo ato feito com agilidade e determinação. Porém, no passado, quando alguém usava o termo, se referia ao costume que os chefes militares tinham de utilizar o toque da caixa, uma espécie de tambor, para orientar os seus liderados.
No século VIII essa prática chegou até a Europa por meio da expansão dos árabes que já faziam uso desse instrumento para promover rituais religiosos e reuniões militares. Os Árabes continuaram avançando com seus tambores até alcançarem a Península Ibérica – onde hoje estão Portugal e Espanha –, que foi conquistada por eles. A tecnologia do toque dos tambores era bem mais eficiente se comparada ao envio de documentos escritos ou mensageiros. Geralmente, a forma pela qual o tambor era tocado indicava a realização de alguma ação a ser executada em plena batalha. Dada à urgência de alguma medida, os militares eram orientados “a toque de caixa”.
Mesmo com a saída dos árabes da Península Ibérica, a expressão acabou sendo empregada pelos portugueses que, mais tarde, se incumbiram de trazê-la às terras brasileiras. Atualmente, diz-se que alguém anda “a toque de caixa” quando tem de fazer qualquer coisa depressa, com tempo limitado e, eventualmente, a mando de alguém, sem vontade própria.
Vivemos em um mundo que se move a “toque de caixa”, tendo em vista as tarefas cotidianas e as facilidades dos meios de comunicação. Contudo não podemos esquecer que toda pressão gera um nível de estresse e que descanso e paz de espírito são fundamentais para suportamos as imposições do dia a dia e continuarmos a produzir bons frutos.