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Muito se sabe a respeito da importância da leitura, em especial para as crianças. No entanto, esta prática não é tão valorizada como deveria principalmente no contexto de sociedade atual em que as crianças já nascem “conectadas” e desta forma, acabam passando boa parte do tempo em frente à TV, computador ou vídeo game. Parece exagero esta afirmação, mas não é. Basta observar a facilidade com que as crianças lidam com a tecnologia. Este conhecimento adquirido cada vez mais cedo, deve também ser aliado das velhas práticas tão essenciais para a formação da criança, que é o contato com o livro. Eis aí o “xis” da questão, quem deve essencialmente abdicar de um tempo para sentar e ler com os pequenos? E mais, em que idade esta leitura pode começar a ser feita?

A resposta para a primeira pergunta é inevitável, os pais, ou os cuidadores. E em resposta a segunda, desde os primeiros meses de vida. Existem pesquisas que apontam que quem começa a ler cedo tem mais chances de se tornar um leitor assíduo, além disso, o contato com narrativas melhora o futuro desempenho da criança. No entanto, o mais importante desta prática é que a leitura favorece o vínculo familiar, aconchega e marca positivamente a criança, pois se trata de uma experiência compartilhada regada de emoções.

A escolha dos livros também é fundamental. Existem livros para todos os gostos, de todos os estilos e para todas as faixas etárias, inclusive para os bebês, como por exemplo, os livros de banho, que tornam o momento duplamente prazeroso.

Para tornar atrativa a leitura, há no mercado os chamados livros brinquedos, que utilizam diferentes recursos para chamar atenção das crianças, com luzes, sons, texturas, encaixes, dobraduras etc. É importante, porém, atentar para a adequação entre a idade da criança e a faixa etária indicada no livro.

A escola, ou mesmo a creche, essencialmente estão preparadas para favorecer este ambiente de leitura, mas é em casa, com exemplos dos pais ou cuidadores que a leitura se tornará eficazmente um hábito. Por isso, a importância que a escola possui em trabalhar aliada à família para desenvolver projetos que favoreça e/ou fortaleça ainda mais este hábito. Quando a criança vê os pais sentados, quietinhos, lendo seja um livro, uma revista, ou um jornal, a mensagem que a cena passa é “ler é gostoso, é uma coisa legal”.

Quem não tem este hábito, pode adquiri-lo. Que tal fazer um exercício? Reserve 30 minutos do seu tempo, desligue a TV ou o computador e leia para seu filho. Não precisa ser uma história longa, o importante é que o momento seja prazeroso. Tenha certeza de que você se surpreenderá com os resultados!

 

 

Algumas dicas para quem quer tornar a leitura uma prática prazerosa na rotina da família:

1 – Deixe livros, revistas e gibis ao alcance das crianças para que elas possam manuseá-los e inventar histórias. Afinal, eles foram feitos para serem usados e não tratados como objetos intocáveis.

2- Reserve um tempinho para ler com a criança, aconchegue-a e faça deste momento uma atividade agradável.

3 – Dê exemplos, leia você também. A criança naturalmente o imitará. Aliás, imitar os adultos é o que elas mais gostam de fazer.

4 – Incentive-a a falar sobre a história e contá-la também a outras pessoas.

 

5 – Frequente com ela bibliotecas ou livrarias, e crie o hábito de presenteá-la com livros, gibis ou revistas.