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Um vídeo se tornou viral nas redes sociais, o qual mostra a consagrada professora doutora da USP Marilena Chauí, ao lado do ex-presidente Lula, aparentemente desesperada, destilando ódio mortal à classe média. O fato é que nas últimas décadas, a nova classe trabalhadora negada por Chauí como nova classe média, adquiriu status e conhecimentos graças à revolução tecnológica e a democratização dos meios de comunicação fundamentado no advento das redes sociais. 

A consagrada intelectual Marilena Chauí, autora de dezenas de livros, ex-secretária da Cultura no Governo da ex-prefeita Erundina, em São Paulo, e por 40 anos titular da cadeira do curso de filosofia da USP, é apenas mais uma marxista que ocupa com eficiência um setor estratégico da sociedade, cujo objetivo é formar grandes mentes. 

Nesse ponto é interessante notar, não somente Chauí, mas a vasta quantidade de marxistas presentes nas universidades e em departamentos culturais. Para alguns, pode até parecer que o conhecimento e a cultura existem apenas entre os marxistas, e que fora desse “universo vermelho” há somente “ignorância, burrice e alienação capitalista”, mas não. A ocupação marxista nos meios acadêmicos e culturais, faz parte de um engenhoso plano de um dos maiores pensadores marxistas da história: Antonio Gramsci, morto em 1937.  

Em vida, Gramsci foi um desses homens quase invisível na sociedade italiana, especializou-se na doutrina marxista e logo após a 1º guerra chegou a fundar um jornal radical, “A Nova Ordem” servindo como instrumento de pavimentação para fundação do Partido Comunista Italiano. Não demorou e o jovem apaixonado por textos marxistas tornou-se um desiludido com o marxismo real, violento e sanguinário praticado na recente criada URSS pelo ditador Vladimir Lenin e ampliada pelo seu sucessor Josef Stalin.

Stalin, pretendia esmagar as “forças reacionárias” e impor o Comunismo em toda a Europa e Ásia – mais tarde em todo o mundo. Desde o início do seu governo, buscou criar a maior máquina militar da história e para isso emparedou, fuzilou, exterminou aos milhões, qualquer um que minimamente era suspeito de algo ou alguma coisa contra seu projeto ideológico.

Frustrado na Rússia comunista, Gramsci regressou para a Itália fascista, onde foi preso.  Condenado, dedicou seus últimos nove anos na prisão para escrever suas teses, sobre como chegar a plenitude de um governo marxista, sem a necessidade de fazer uso da força. Para Gramsci, o caminho seguro, era a cultura.  Em sua obra intitulada “Cadernos do Cárcere”, Gramsci detalha a estratégia de inverter o processo revolucionário, propondo uma “Revolução Cultural” de modo que a população esteja pronta para receber passivamente um governo comunista, mas para isso o primeiro passo é aparelhar (ocupar) todas as instituições do Estado, seja as religiosas, educacionais, midiáticas, culturais, jurídicas e governamentais de modo que as pessoas desconheçam haver uma coordenação central e se sintam constrangidas por pensarem tratar-se de manifestações honestas, espontâneas e universais, submetidas regularmente ao princípio democrático. Uma estratégia bem diferente das revoluções armadas e violentas defendidas pelos discípulos de Lenin, Stalin, Mao Tse Thung na China e até de Fidel Castro e Che Guevara na pequena ilha de Cuba.

Gramsci propõe até etapas para a concretização do seu projeto. O primeiro deles é se apropriar das melhores cabeças da sociedade:  os intelectuais. As mentes brilhantes da sociedade são pessoas chave para dar sentido e credibilidade ao projeto de poder, pois qualquer idiotice que um doutor/acadêmico/intelectual/marxista fale, por mais absurdo que for, será absorvido pela massa desavisada, como verdade incontestável.

Na educação, por exemplo, o objetivo é propagar novos modelos de currículos escolares “emburrecidos” e “politicamente corretos”. Gramsci defendia que quanto mais ignorante a sociedade, mais fácil seria seu domínio. Nos órgãos de imprensa, as informações levadas por jornalistas marxistas em forma de reportagens têm por objetivo manipular a massa, assediar e desacreditar as instituições tradicionais e seus porta-vozes.  Com os intelectuais marxistas influenciando diretamente o sistema educacional e os meios de comunicação, a moralidade, a decência, os valores religiosos, os valores da célula família, a cultura milenar e as virtudes do passado devem ser ridicularizadas incessantemente. Os heróis da nação devem ser convertidos em seres agressivos, degenerados, exploradores, “racistas” e “sexistas,” e como tal, basicamente malignos. No seu lugar devem ser colocados pseudointelectuais, estrelas da música, celebridades esquerdistas cinematográficas, e por aí adiante.

Para Gramsci, a Igreja é a principal estrutura cultural do ocidente, e portanto, deve ser transformada em um tipo de “clube político” que prega a justiça social, o igualitarismo, e os ensinamentos morais milenares devem ser “modernizados” e reduzidos até ao ponto da irrelevância. Os membros tradicionais e conservadores do clero devem ser caracterizados como falsos e os homens e mulheres virtuosos devem ser classificados de hipócritas, convencidos e ignorantes. A cultura tradicional cristã deve ser qualificada de “repressiva”, “eurocêntrica”, “racista”, e desde logo, indigna da contínua devoção. A sociedade precisa ser dividida em grupos e separadas entre si, sempre prontas para um embate.

Aqui no Brasil, a ocupação cultural marxista, da forma como preconizava Gramsci estava caminhando perfeitamente bem, tanto é que em 2002 um sindicalista representante da esquerda marxista foi eleito presidente do Brasil por ampla maioria dos votos em uma nação declaradamente cristã conservadora, prova inconteste do desconhecimento crônico do marxismo cultural.  No entanto, o que Gramsci não poderia imaginar era que uma tal de “internet” iria colocar em xeque tão engenhoso projeto. Com a rede de computadores conectados veio as redes sociais e não demorou, qualquer cidadão comum tem hoje o mundo na palma da mão.  Com a revolução tecnológica dos últimos dez anos a ideologia marxista passou sofrer duras oposições, tornou-se conhecida, abertamente debatida, comparada e comprovada como um “fato social”, cabendo aos marxistas apenas o desespero da negação.

 

Hoje, qualquer brasileiro por mais simples que seja identifica um marxista avermelhado sem a menor dificuldade quando este ou aquele sujeito é ligado a movimentos que defendem a liberação das drogas, a desmilitarização da PM, a legalização do aborto, defendem a ideologia de gênero, defendem o casamento entre homossexuais e pregam abertamente o ódio. Curiosamente esses mesmos sujeitos estão juntos, unidos e espalhados pelo MST, CUT, APEOESP, CEBs, UJS, UNE, LGBT, PT, PCdoB, PSOL, PSTU, PCB, PCO… por mais diferentes que um possa parecer do outro, o brasileiro de hoje sabe que são todos folhas vermelhas, de galhos vermelhos, que mesmo parecendo separados são todos parte de um mesmo tronco, de uma mesma árvore vermelha:  Karl Marx.