Desde a redemocratização, os acadêmicos marxistas passaram a ocupar cada vez mais as instâncias educacionais brasileiras e com isso, a nação assistiu estática o definhamento do modelo educacional tradicional, o qual acelerou ainda mais com a chegada do PT ao Governo Federal em 2003. Coincidência ou não, o que se vê desde então é a crescente proliferação das drogas, violência e consequentemente o “emburrecimento” crônico da juventude em todo território nacional.
Não é por menos que bastou exatos 10 anos de domínio do petismo no governo federal para os números do ENEM em 2014 falarem por si, onde neste histórico ano, mais de meio milhão dos estudantes brasileiros zeraram na redação. Prova inconteste do fracasso do sistema de ensino brasileiro, onde infelizmente uma parte significativa dos alunos chegam ao fim do Ensino Médio, sem sequer saber escrever.
No último levantamento do Programa (PISA), cujo propósito é avaliar o desempenho escolar de pelo menos 70 países, o Brasil tornou-se uma piada global. Entre todos os países analisados, o Brasil está entre os dez últimos do ranking. Em ciências, a terra dos Tupiniquins ocupa o vexaminoso 63º, em matemática é ainda pior, 65º; em língua portuguesa, a modesta 59ª posição. Para chegar a esse resultado foram necessários 23.141 alunos de 841 escolas brasileiras.
Como nada é tão ruim que não possa piorar, um estudo realizado em 2018 pelo Ibope Inteligência em parceria com a ONG Ação Educativa estima que 29% dos jovens e adultos brasileiros de 15 a 64 anos (cerca de 38 milhões de pessoas) sejam analfabetos funcionais. Números comprovam que o problema da Educação não está no Partido “A” ou “B”, ou no Estado “X” ou “Y”, e sim, no modelo educacional de fundo marxista presente em todo território nacional. Basta dizer que, qualquer professor que busca aprovação num concurso público de qualquer estado ou cidade brasileira vai ter que estudar a exaustão a cartilha da monumental bibliografia dos doutores marxistas, – como se todas as “verdades” estivessem apenas com eles-. Isso sem contar que as academias são quase que totalmente dominadas pela Esquerda.
Neste território de total domínio marxista, é bem provável que o grande erro dos educadores tenha sido o radicalismo em “jogar fora” tudo o que se relacionava ao tradicionalismo em nome de teorias construtivistas, socioconstrutivistas, interacionistas, libertárias e tantas outras teorias marxistas que, para a alfabetização o tempo provou o total fracasso, comprovando que os críticos do tradicionalismo nunca passaram de meros “critiqueiros”, que viveram décadas ruminando doutrinas que levaram o Brasil ao fundo do poço.
Com a vitória acachapante da direita conservadora nas últimas eleições, o ano começa com um Ministério da Educação totalmente mudado. Logo de início, o ministro da Educação, Ricardo Vélez, indicado pelo filósofo conservador Olavo de Carvalho, criou a nova Secretaria de Alfabetização, colocando no cargo nada menos que Carlos Nadalim, mais um fiel discípulo de Olavo.
Para o novo secretário, o principal motivo do caos brasileiro em Educação está no alto analfabetismo funcional (quando a pessoa reconhece as letras, até consegue ler palavras e pequenos textos, mas não consegue interpretar textos simples), e por isso, Nadalim defende como alternativa à alfabetização a todas essas teorias esquerdistas, o “método fônico”, que apresenta as crianças às letras e aos sons da fala antes de iniciá-las em atividades com textos. Nele, a criança deve primeiro ser exposta a atividades que reforcem a relação entre as letras e os sons da fala (grafemas e fonemas), pois assim aprendem a decodificar e codificar a linguagem escrita, para depois evoluir aos textos. Seus defensores argumentam que estudos internacionais já comprovaram a superioridade dessa abordagem.
Na prática, é a volta do velho tradicionalismo, que lembra até a cartilha “Caminho Suave”, alvo de ferozes críticas dos intelectuais marxistas. O novo secretário argumenta que nas últimas três décadas era “tanta preocupação em fomentar a socialização e em promover uma visão crítica na criança, que restava pouco tempo e pouco investimento para ensinar o básico, ou seja, o essencial”.