b2ap3_thumbnail_b2ap3_thumbnail_Elisa---A-arte-de-dizer-NO_20140910-191812_1.jpg

Não é à toa que o NÃO é uma das primeiras palavras aprendidas pelas crianças e, infelizmente, também é uma das palavras mais ignoradas por elas. 

O NÃO é uma palavra que indica negação, mas por que a maioria das crianças de hoje ignoram o NÃO e permanecem realizando sua própria vontade, passando por cima da vontade do outro? O exemplo é dado pela TV? Pela escola? Não. Infelizmente, o exemplo é dado em casa. É lá, no seio da família que o NÃO é banalizado, falado inúmeras vezes, desde que a criança nasce e o pior: sem coerência.

Como assim? – Você pode perguntar – Limites são necessários!

Sim, os limites são necessários, mas somente serão impostos pela COERÊNCIA, que significa ter atitudes pensadas, que seguem uma sequência lógica, um padrão. Se quando você disser NÃO ao seu filho, o fizer sabendo exatamente o porquê esta fazendo isso e sustentar sua decisão em negar, ainda que a criança chore ou faça birras, com certeza estará educando e impondo limites, porque estará agindo com coerência, mantendo sua posição e demonstrando que ela é importante. Porém, se disser NÃO, mas depois permitir aquilo que negou antes, estará confundindo a criança, pois ela não conseguirá distinguir o que a palavra quer dizer de fato. O NÃO para ela passa a não ter importância, podendo significar qualquer coisa, menos uma negação.

A criança aprende a ser civilizada, a respeitar os outros e a seguir regras de convivência à partir da família.

Hoje é comum ver crianças mandando nos pais… Depois tornam-se tiranas também na escola e outros ambientes de convívio. Convém lembrar que crianças não têm a capacidade de julgamento de um adulto e podem pôr em risco sua própria integridade física e emocional se decidirem por si mesmas, logo, é de obrigação de pais e cuidadores impor limites e ensinarem o valor do NÃO.

Crianças que crescem com limites claros e coerentes, crescem felizes, pois são conduzidas a ter uma boa percepção da realidade, aprendendo a ser espontâneas e livres sem interferir na liberdade do outro.

Jamais diga NÃO, se depois este for se transformar num sim.
Ao contrário do que muitos dizem, o NÃO coerente não frustra, mas ensina a ser gente.