O Art. 205, da Constituição Federal é muito claro: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

A escola presente nos bairros é representante direta do Estado nacional, cuja missão é educar no sentido de formar toda sociedade visando a qualificação individual para o mercado de trabalho. Já a família, educa pelos padrões éticos e morais de acordo com sua tradição cultural. Isso porque, a convivência familiar é a maior oportunidade para a criança apreender uma formação baseada em tais padrões, desde que a família os tenha como prática cotidiana, bem como os princípios educativos que visam a convivência harmoniosa, de modo que as boas ações não fiquem somente nos discursos e sim nas atitudes com o outro, ou seja, nos valores que a criança absorve e leva por toda a vida.

O fato é que a massiva maioria das crianças que são assistidas e bem-educadas no seio familiar tendem-se a se destacar na escola com melhores rendimentos. Mas diante da situação caótica que vive o ensino brasileiro, comprovando os últimos exames de avaliação do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), a família mais do que nunca precisa estar presente nas escolas acompanhando de perto não somente seus filhos, mas também o trabalho desenvolvido pelos professores, sobretudo, dos docentes que atuam no Ensino Fundamental II e Médio da rede estadual paulista.

Isso porque, há cerca de 10 anos a pesquisa CNT/Sensus já apontava que a educação brasileira era amplamente dominada por professores alinhados ao pensamento marxista, os quais na maioria das vezes chocam-se com os valores trazidos de casa, normalmente com objetivo de ocasionar uma desconstrução de verdades edificadas no seio familiar, mas sem a opção de se colocar algo no lugar. Ao contrário, muitas vezes o que se tem é uma real doutrinação ideológica ou político-partidária no ambiente escolar que tem sido massivamente noticiada nas redes sociais. Pelo Brasil afora e em diversas instâncias chove denúncias, principalmente nas redes sociais de pais e de alunos com denúncias do abuso do poder de professores que em vez de ensinar conteúdos, ensinam ideologias como forma de doutrinação nas escolas.

As consequências disso, ainda de acordo com a pesquisa, é que mais de dez anos se passaram e hoje o Brasil colhe a catástrofe de abrigar 95% de alunos saídos do Ensino Médio sem conhecimentos básicos em matemática, outros quase 40% de universitários analfabetos funcionais e 78,5% dos estudantes brasileiros finalizam o Ensino Médio sem conhecimentos adequados em Língua Portuguesa. Em resumo: hoje o Brasil abriga mais de 42 milhões de crianças e adolescentes em escolas públicas, a um custo nababesco, mas infelizmente com um desempenho vergonhoso.